Noiva de goleiro Bruno acusa juíza e advogado de pedirem R$ 1,5 milhão para libertar o jogador
O ex-advogado do goleiro teria prometido habeas corpus nas três instâncias judiciais
Ingrid Calheiros, a noiva de Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo acusado de ser o mandante do assassinato da modelo Eliza Samudio, denunciou a juíza Maria José Starling e o ex-advogado de Bruno, Robson Pinheiro, de pedirem R$ 1,5 milhão para tirar o ex-jogador da cadeia.
A denúncia foi feita por Ingrid em depoimento de cerca de três horas dado às comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa mineira, à ouvidoria do Estado e à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Minas Gerais. Ela contou que foi procurada pela juíza, que colocou seu advogado pessoal, Robson Pinheiro, à disposição para ajudar.
No contrato, conseguido com exclusividade pela Record, o advogado se compromete a liberar o ex-goleiro por meio de habeas corpus que seria impetrado nas três instâncias judiciais. O valor de R$ 1,5 milhão deveria ser pago em dinheiro, de uma única vez, 48 horas depois da soltura de Bruno. Ingrid contou, entretanto, que na semana que o advogado entraria com o pedido no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) ele mudou de ideia e exigiu que o dinheiro fosse pago antecipadamente.
O desaparecimento de Eliza completou um ano no último dia 5. Em junho de 2010, ela teria sido convidada para negociar o reconhecimento da paternidade de seu filho com o ex-goleiro. Apesar de o corpo da modelo nunca ter sido encontrado, a investigação concluiu que Eliza teria sido espancada e asfixiada até a morte. No dia 4 de junho de 2010, ela fez um último contato por telefone com uma amiga. O ex-goleiro do Flamengo é apontado como o mandante do crime e vai responder por sequestro, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Na época de uma das audiências, a juíza Maria José Starling opinou na imprensa sobre o caso dizendo que Bruno deveria estar solto porque os depoimentos da acusação eram contraditórios. Não é a primeira vez que a magistrada é alvo de denúncias. Só a Comissão de Direitos Humanos já mandou sete pedidos de providências contra ela à corregedoria do TJ-MG.
O advogado Robson Pinheiros disse que ainda não vai se manifestar sobre o caso. Já a juíza não foi encontrada pela reportagem.
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