terça-feira, 3 de maio de 2011

Vergonha um em cada oito juizes federais vivem sob ameaça


terça-feira, 3 de maio de 2011

A matéria abaixo da Folha de São Paulo é revoltante, como os juízes federais podem enfrentar o CRIME ORGANIZADO sem protecção ?

As vezes até parece que o Governo Federal não tem interesse em combater o CRIME ORGANIZADO, será ?

Isso é uma vergonha !!!

Reprodução d a Folha de São Paulo on line.

Quarenta dos cerca de 300 juízes federais de varas criminais do país estão sob ameaça do crime organizado -ao menos 1 em cada 8 magistrados federais.

Há casos de juízes que têm os passos monitorados por criminosos, abdicam de sua vida social e acabam pedindo transferência para outros Estados.

O levantamento é da Ajufe (Associação dos Juízes Federais), que considera aproteção oferecida aos magistrados -a cargo da Polícia Federal- insuficiente.

O corte no orçamento da PF teve consequência imediata na proteção dos juízes.

O único juiz federal que recebe proteção permanente da PFOdilon de Oliveira, afirma que foi reduzido o número de agentes que faziam sua segurança.

Especializado no combate a crimes financeiros e ameaçado de morte por organizações que atuam na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, Oliveira recebe proteção há 13 anos.

Sua segurança, antes a cargo de nove agentes, hoje é feita por seis. As equipes foram completadas com agentes de segurança patrimonial da Justiça. "Não é um pessoal treinado e serve apenas de motorista", diz.

Em fevereiro, a PF descobriu um plano para matar a juíza Lisa Taubemblatt, de Ponta Porã (MS).

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) anunciou proteção especial a ela, queatua em um processo contra uma quadrilha de tráfico de drogas e armas.

Mas, segundo a juíza, os agentes só apareceram cerca de duas semanas após a promessa e foram embora dias depois. "O carro deles ficou dias parado lá [em frente à vara], e ainda de forma irregular. O máximo que ele fazia era estragar o gramado."

Outros juízes ameaçados contam somente com a proteção dos seguranças das varas em que trabalham -caso de 3 dos 10 que atuam em varas criminais do Rio.

Uma delas é Adriana Cruz, que julgou casos relacionados à máfia de jogos ilegais.

"Sua proteção é tão precária que ela comprou com o próprio dinheiro um carro blindado de segunda mão", diz o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy, que conversou com os 40 juízes ameaçados.

Para o juiz Pedro Francisco da Silva, que julgou no Acre quatro processos contra a organização criminosa liderada pelo ex-deputado Hildebrando Pascoal, aproteção deve ser garantida mesmo após os julgamentos.

Silva teve sua casa invadida por homens armados em 2008, oito anos depois das primeiras condenações do caso. Três anos antes, a polícia já prendera pistoleiros contratados para matá-lo.

"Mudei minha rotina, mandei meus filhos para outro Estado. O único lugar que eu frequentava era o supermercado", diz.

Ajufe defende a criação de uma polícia judiciária, dedicada exclusivamente àproteção dos magistrados.

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