Pelo menos 32 policiais militares foram retirados das ruas, ontem, para uma ação diferente: ficar sentado, à paisana, na primeira fileira da galeria superior da Assembleia legislativa (foto), enquanto durasse a votação do reajuste dos professores. A ordem era para não levantar sob hipótese alguma.
Permaneceram lá por, pelo menos, seis horas. Cada um dos três batalhões da PM da Capital cedeu homens à operação. A única orientação era ocupar o espaço. Toda a ação de segurança para para enfrentar a tensão da votação foi planejada no dia anterior, na antessala do gabinete da presidência. O chefe de gabinete do deputado Gelson Merisio solicitou ao chefe da Casa Militar da Assembleia, coronel Paulo Henrique Henn, um plano para conter eventuais manifestações mais exaltadas. O temor era de que os manifestantes jogassem moedas nos deputados.
O coronel Henn encaminhou pedido de apoio de tropa aos batalhões da Capital. No linguajar militar chama-se canal de comando, quando militares são cedidos para atuar sob as ordens de outro oficial. Vale lembrar que os 32 homens cedidos não são da P2, o serviço de inteligência.
Os arapongas da Polícia Militar também estavam circulando pela assembleia livremente. Se for somado ao efetivo do Bope que foi deslocado para a Assembleia, mais o corpo da guarda da Casa e outras viaturas que foram dar apoio, chega-se facilmente a um efetivo superior a cerca de 100 policiais militares mobilizados para conter os professores. Sob o ponto de vista operacional, os militares comemoraram o resultado da operação, já que conseguiram fazer a contenção sem o uso da força.
O problema é destacar 32 homens, que estariam nas ruas, para permanecer sentado, olhando a manifestação. Um PM chegou a questionar as ordens e foi ameaçado de detenção por insubordinação. O blog entrou em contato com a assessoria da PM e com o comando do 4º Batalhão. Só não não conseguiu conversar com o coronel Henn, na Assembleia.
fonte: coluna visor
Nenhum comentário:
Postar um comentário